O
governo golpista da Bolívia emitiu uma "ordem internacional de
pressão" contra o ex-presidente Evo Morales, que pediu asilo à Argentina,
para impedir sua participação em um fórum sobre direitos humanos no Chile,
afirmou o ministro do Governo (Interior), Arturo Murillo, nesta quarta-feira
(8).
No
entanto, Morales publicou no Twitter que não foi convidado oficialmente, nem
tem informações sobre o evento.
"Demos
ordem para a emissão na Interpol da ordem internacional de busca contra Evo
Morales por conta das notícias que chegam do Chile", disse Murillo à
imprensa.
O
ministro fez menção a uma postagem no Twitter feita pelo senador chileno Iván
Moreira, que na terça-feira anunciou que Morales planeja participar de um fórum
sobre direitos humanos no Chile este mês com seu advogado, o ex-juiz espanhol
Baltasar Garzón.
Em
relação ao assunto, Morales usou o Twitter para se defender.
"Não
tenho convite ou informações oficiais sobre um evento de direitos humanos no
#Chile. Antes, quando eu era líder, os racistas me declaravam uma 'persona non
grata', agora como presidente indígena, eles pedem minha detenção",
escreveu Morales.
Murillo
disse o objetivo da ordem é evitar que o ex-presidente, que tem uma intensa
atividade política em seu asilo político, ande livremente pela região.
Após
a deposição de Morales, em novembro de 2019, o governo golpista abriu vários
processos contra o ex-presidente.
O
governo interino também decidiu investigar cerca de 600 pessoas que
participaram da administração de Morales acusando-as de corrupção, informou o
ministério da Justiça. As informações são da AFP. Foto reprodução/Internet