O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou neste domingo
(22) a renúncia à pensão vitalícia a que teria direito ao deixar o governo.
O anúncio
ocorre em meio a protestos que ocorrem em todo o país contra o projeto oficial
de reforma do sistema de aposentadorias diferenciadas existente na França.
Em comunicado
oficial, Macron anunciou também que não fará parte do Conselho Constitucional,
cargo remunerado ao qual ascendem os ex-chefes do governo francês.
O presidente,
que fez 42 anos neste sábado (21), rejeitou beneficiar-se de uma lei de 1955
pela qual os chefes de governo recebem, ao deixar o cargo, pensão vitalícia
equivalente ao salário de um conselheiro estatal, em torno de 6.220 euros por
mês.
“Trata-se de [uma questão de]
exemplaridade e coerência”, diz o presidente no comunicado oficial.
Macron
assegurou que, de agora em diante, a lei não se aplicará a nenhum futuro
presidente e que, em seu lugar, será criado um sistema diferenciado no regime
universal de pensões por pontos que está sendo negociado atualmente.
O projeto de
reforma da previdência em negociação na França, que pretende acabar com os 42
diferentes regimes de aposentadoria existentes hoje, provocou manifestações de
protesto e greve no setor de transportes desde o dia 5 deste mês, paralisando
parcialmente o país.
A falta de
acordo entre os sindicatos indica que não haverá trégua nos feriados de Natal e
ano-novo. Com informações, Agência Brasil / Photo © Crozet / Pouteau