O
presidente Jair Bolsonaro disse hoje (7) que já há uma suspeita sobre a origem
da mancha de petróleo que atinge o litoral do Nordeste desde o mês passado.
Segundo ele, o mais provável é que tenha sido um vazamento causado por um navio
e que o produto não é produzido e nem comercializado no Brasil. Perguntado,
Bolsonaro disse não poder revelar ainda o país de origem do óleo.
"O
que está constatado é que existe um DNA desse petróleo. Ele não é produzido no
Brasil nem comercializado no Brasil. Aproximadamente 140 navios fizeram trajeto
por aquela região, pode ser algo criminoso, pode ser um vazamento acidental,
pode ser um navio que naufragou também. Agora, é complexo, existe a possibilidade,
temos no radar um país que pode ser o da origem do petróleo e continuamos
trabalhando da melhor maneira possível não só para dar uma satisfação para a
sociedade, como colaborar na questão ambiental", disse na entrada do
Ministério da Defesa, após comandar uma reunião de emergência sobre o assunto,
que teve a participação dos ministros Fernando Azevedo (Defesa), Ernesto Araújo
(Relações Exteriroes), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e
Bento Albuquerque (Minas e Energia).
Um inquérito
foi aberto pela Polícia Federal (PF), na semana passada, para
apurar a origem da substância. A contaminação também é monitorada por órgãos
como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
desde o dia 2 de setembro, quando as primeiras manchas foram localizadas no
litoral nordestino.
Mais
cedo, nesta segunda-feira, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve
no litoral de Sergipe acompanhando o trabalho de técnicos ambientais. Pelo
Twitter, ele informou que já foram retirados do bar cerca de 100 toneladas de
borra de óleo.
Em Sergipe, vistoriando o local de óleo nas praias. Desde 02 /setembro as equipes do IBAMA e ICMBIO, junto aos 42 municípios, marinha e demais órgãos no recolhimento de mais de 100 toneladas de borra de petróleo.
829 pessoas estão falando sobre isso
Bolsonaro também determinou, por meio
de decreto, publicado no último sábado (5), uma investigação sobre as causas e
a responsabilidade sobre o derramamento do óleo. No despacho, o presidente
determinou que sejam apresentados, no prazo de 48 horas, dados coletados e as
providências tomadas sobre o problema ambiental.
A investigação envolve a PF, o
Comando da Marinha, o Ibama e o ICMBio. As manchas já atingem o litoral de
todos os estados do Nordeste e segue se movimentando pela costa
brasileira.
Incêndios na
Amazônia
A reunião também tratou sobre as
queimadas na Amazônia. Segundo Bolsonaro, o trabalho das Forças Armadas tem
sido efetivo e reduziu os focos de incêndio na região para uma média histórica
baixa.
"Devemos ter a menor média dos
meses de setembro, bem como a menor média desde o século passado. As Forças
Armadas e demais órgãos agiram na hora certa, porque os incêndios e os focos de
calor são uma constante na região por vários aspectos", disse. agenciabrasil/Adema/Governo de Sergipe