"Um depoimento dado à Polícia Federal e
uma planilha apreendida em uma gráfica sugerem que dinheiro do esquema de
candidatas laranjas do PSL, em Minas Gerais, foi desviado para abastecer,
por meio de caixa dois, as campanhas do presidente Jair Bolsonaro e do ministro
do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ambos filiados ao partid", informam
Camila Mattoso e Ranier Bragon, em reportagem publicada na Folha de S. Paulo.
"Haissander Souza de Paula, assessor
parlamentar de Álvaro Antônio à época e coordenador de sua campanha a deputado
federal no Vale do Rio Doce (MG), disse em seu depoimento à PF que 'acha que
parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na verdade, foi
usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro Antônio e de Jair
Bolsonaro'", escrevem ainda os jornalistas. "Em uma planilha, nomeada
como 'MarceloAlvaro.xlsx', há referência ao fornecimento de material eleitoral
para a campanha de Bolsonaro com a expressão 'out', o que significa, na
compreensão de investigadores, pagamento 'por fora'".
O
ministro já foi indiciado pela PF e denunciado pelo Ministério Público, mas
mesmo assim Bolsonaro decidiu mantê-lo no cargo. Saiba mais:
BRASÍLIA (Reuters) -
O Ministério Público estadual de Minas Gerais ofereceu denúncia contra o
ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em uma investigação em que ele é
alvo sobre uso de candidaturas-laranjas do PSL naquele Estado nas eleições
passadas, informou a assessoria de imprensa do MP mineiro nesta sexta-feira.
A
acusação criminal tem como base o indiciamento feito pela Polícia Federal do
ministro do Turismo. Antônio presidiu o diretório mineiro do PSL —partido do presidente
Jair Bolsonaro—e é suspeito de envolvimento na escolha de candidaturas de
fachada com o objetivo de desviar recursos públicos do fundo eleitoral. brasil247/Foto reprodução/Internet