Jair
Bolsonaro decidiu retirar a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), sua
fiel escudeira, da liderança do governo no Congresso. A decisão acontece em
meio a uma greve crise com o PSL e após a deputada apelar para o ataque
homofóbico contra o assessor especial da Presidência, Filipe Martins, um dos
principais articuladores do escritor Olavo de Carvalho no governo Jair
Bolsonaro.
"Minha alforria chegou.
Estava cansanda de fazer discursos para consertar as trapalhadas desse
governo"", disse a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), de
acordo com a GloboNews. Segundo reportagem do jornal O
Globo, o substituto no cargo será o senador Eduardo Gomes (MDB-GO).
Outro
fator para a retirada de Joice do cargo foi o apoio da deputada à permanência
de Delegado Waldir (GO) na liderança do PSL na Câmara. Bolsonaro articulou para
que um dos seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (SP), assumisse o lugar.
Eleita
com votação recorde, Joice se aproximou de Bolsonaro a partir do discurso de
ódio nas redes sociais, integrando a milícia virtual de Jair Bolsonaro. Ela foi
escolhida para ser líder do governo em fevereiro, pela indicação dos
presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre
(DEM-AP), e tinha bom trânsito com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
que no início do governo era responsável pela articulação política.
Nos
últimos meses Joice vinha perdendo espaço desde que a a articulação foi
repassada para a Secretaria de Governo, em agosto. O ministro Luiz Eduardo
Ramos, titular da pasta, deu preferência ao líder do governo na Câmara, deputado
Major Vitor Hugo (PSL-GO).
De
olho nas eleições municipais de 2020. Jocie colocou o seu nome à disposição do
PSL, mas foi esnobada por Bolsonaro que preferiu sinalizar apoio ao
apresentador José Luiz Datena.
O
Globo lembra que Bolsonaro também criticou Joice publicamente por, segundo ele,
estar com "um pé em cada canoa", em referência à sua aproximação com
o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para uma possível candidatura à
prefeitura de São Paulo. brasil247 / Foto: Jane de Araújo/Agência Senado