O candidato Alberto
Fernández foi eleito presidente da Argentina neste domingo (27), recolocando a
esquerda de volta ao poder no país. Por voltas das 21h, com mais de 90%
das urnas apuradas, o peronista já comemorava a vitória. Ele tinha, até aquele
momento, 47,78% dos votos, fato que descartava um segundo turno.
Alberto
Fernández é da coalizão de esquerda Frente de Todos e sua vice é a senadora
Cristina Kirchner, ex-presidente do país. Mais de 80% dos eleitores
compareceram à votação.
Mauricio
Macri, o atual presidente, tinha até aquele momento tem 40,73% dos votos.
Ele, que é da coalizão Juntos por el Cambio, tem como vice Miguel Ángel
Pichetto.
Na
Argentina, para vencer as eleições em primeiro turno, é necessário obter 45%
dos votos ou 40% e dez pontos de vantagem em relação ao segundo colocado.
Mauricio
Macri, que assumiu em 2015, deixa um país com uma grave crise econômica e
social; com inflação este ano prevista para 55%; 30% das pessoas vivendo na
pobreza e os sem-teto representando quase 10% da população.
Além
de presidente e vice-presidente, serão eleitos 130 deputados e 24 senadores.
Também serão escolhidos governadores das províncias de Buenos Aires, Catamarca
e La Rioja, além de prefeitos de várias cidades.
O
novo governante assume dia 10 de dezembro. O mandato presidencial é de 4 anos e
é permitida apenas uma reeleição.
Quem é
Alberto
Fernández participou do governo de Néstor Kirchner, entre 2003 e 2007, como
chefe do Gabinete de Ministros, e continuou no primeiro governo de Cristina
Kirchner.
No
ano seguinte, em 2008, Fernández renunciou em meio a uma crise e se tornou
crítico do governo de Cristina. Ano passado, dez anos depois de romperem, houve
uma reaproximação entre os dois. Alberto, então, se tornou candidato à
presidência, convidado por Cristina para compor a chapa.
Ele
é advogado e professor de direito penal e civil argentino, e dá aulas na
Facultade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA). bahia.ba / Alberto Fernández ao ir votar neste domingo (27) em Buenos Aires — Foto: Reuters/Ricardo Moraes / Cristina Kirchner e Alberto Fernández chegam para comemorar vitória no primeiro turno das eleições da Argentina — Foto: Agustin Marcarian/Reuters