Entre 1997 e 2019, foram pagos cerca de 278 bilhões de dólares, o equivalente, em valores atuais, a R$ 1,2 trilhão, para a importação de armas e munições que entraram no Brasil por meio da Bahia. Isso significa que, a cada dia, o estado recebeu legalmente R$ 160 milhões em armamento.

Os dados são do Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Brasil (Comex Stat). Os portos de Aratu e Salvador foram os principais pontos de entrada da mercadoria no período analisado. No entanto, quanto à destinação do material, Camaçari é o município que lidera o ranking, tendo recebido quase R$ 154 bilhões em armas e munições.

Logo atrás aparecem São Francisco do Conde, Mucuri, Dias D’Ávila e Luís Eduardo Magalhães. A capital baiana fica com a 11ª posição, com o recebimento de R$ 10 bilhões, o que representa menos de 1% do total do estado. Na outra ponta do ranking estão Barro Preto, Antônio Gonçalves, Boa Nova, Ribeira do Pombal e Piatã.

Em junho deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou decreto que altera regras sobre importação e uso de arma e munição no país. “O nosso decreto não é um projeto de segurança pública. É, no nosso entendimento, algo mais importante. É um direito individual daquele que, porventura, queira ter uma arma de fogo, buscar a posse, que seja direito dele, respeitando alguns requisitos", declarou. Informações bnews

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