Em
entrevista aos jornalistas José Marques e
Felipe Bächtold, da Folha
de S.Paulo, o ex-chanceler do governo golpista de MIchel Temer, um dos
maiores defensores da destituição da ex-presidenta Dilma Rousseff, agora
considera que houve uma "manipulação política do impeachment" pela
força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e pelo ex-juiz Sergio Moro, atual
ministro do governo de extrema-deireita de Jair Bolsonaro.
O político do PSDB de São Paulo
afirma que isto ficou provado após a divulgação de mensagens trocadas entre
procuradores da operação, obtidas pelo site The
Intercept Brasil.
O ex-chanceler passou a chefiar
a Investe SP (agência de fomento de São Paulo) no governo João Doria (PSDB),
mas foi obrigado a deixar o cargo após ser alvo de busca e apreensão na 60ª
fase da Lava Jato, a Ad Infinitum.
Aloysio Nunes está envolvido no
escândalo que levou à prisão preventiva Paulo Vieira de Souza, conhecido como
Paulo Preto, suspeito de ser operador do PSDB.
No último mês, foi revelado que
o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro relatou, em sua deelação premiada que
Aloysio teria pedido propina para financiar campanhas do PSDB em troca da
liberação de recursos de obras em São Paulo.
Na entrevista à Folha Aloysio diz que após as
revelações das mensagens de procuradores ficou "profundamente chocado com
o que aconteceu na Lava Jato".
Ele afirma que a divulgação de
telefonema entre a então presidente Dilma e o ex-presidente Lula em 2016, que
resultou em decisão do Supremo Tribunal Federal que barrou a posse de Lula como
chefe da Casa Civil do governo, impediu o governo petista de recompor sua base
e barrar o impeachment. "Eles manipularam o impeachment, venderam
peixe podre para o Supremo Tribunal Federal. Isso é muito grave", afirma
Aloysio.