O
procurador da Lava Jato Orlando Martello mencionou supostas "bolas mais
pesadas no sorteio da relatoria" do Conselho de Ética em mensagens do
Telegram obtidas pelo site The Ingtercept, mas a denúncia não foi averiguada.
Pessoas
ligadas a Cunha confirmaram que sua proposta de colaboração premiada com a Lava
Jato incluía essa denúncia de fraude na escolha de relatores no Congresso.
Reportagem
do UOL narra que em 1º de agosto de 2017, ao analisar documentos em que o
ex-presidente da Câmara narrava a suposta fraude na relatoria, os procuradores
da Lava Jato se impressionaram, de acordo com as mensagens e consideraram que
se tratava de um "fato grave", que "talvez não devesse ser
sonegado da sociedade".
Para
juristas ouvidos pela reportagem a Lava Jato ao ignorar uma denúncia grave
cometeu um crime, já que o Ministério Público não pode escolher o que
investigar e o que não investigar.
As
mensagens do aplicativo Telegram foram trocadas em um grupo chamado
"Acordo Cunha". Neles, participavam procuradores das forças-tarefa da
Lava Jato em Curitiba, Rio de Janeiro, Natal e na Procuradoria Geral da
República (PGR), em Brasília. Também participavam investigadores da Operação
Greenfield, em Brasília.
Acompanhe
a reportagem do UOL / Foto reprodução/Internet