Polícia Federal de Curitiba (Ivan Pacheco/VEJA) |
JUSTIÇA: Walter Faria, dono do Grupo
Petrópolis, se entregou à Polícia Federal (PF), em Curitiba, por volta das 12h
desta segunda-feira (5). Ele é alvo da 62º fase da Operação Lava Jato. O
empresário e teve um
mandado de prisão preventiva expedido.
Batizada de Rock City, a fase da operação mira o
pagamento de propinas disfarçadas de doações eleitorais e operações de lavagem
de dinheiro feitas pelo Grupo Petrópolis, da marca de cerveja Itaipava.
Além de Walter, também estão presos Vanuê Faria,
Silvio Antunes Pelegrini, Maria Elena de Sousa e Cleber Faria. Naede de Almeida
teve um mandado de prisão temporária expedido e está foragido. Vanuê e Cleber
Faria são sobrinhos de Walter.
O Grupo Petrópolis, conforme as investigações, teria
auxiliado a Odebrecht a pagar propina por meio da troca de reais no Brasil por
dólares em contas no exterior.
Investigações
Segundo o
Ministério Público Federal (MPF), as irregularidades são investigadas desde
2016, quando uma planilha com nomes de políticos e referência à cerveja Itaipava
foi achada na casa do executivo da construtora Odebrecht Benedicto Junior.
ontudo, após a quebra do sigilo
bancário dos investigados, notou-se que contas ligadas a Faria no exterior
continuaram sendo movimentadas em 2018 e 2019, conforme a investigação.
O MPF informou que as investigações apontam que
Walter Faria e outros executivos do Grupo Petrópolis atuaram na lavagem de
cerca de R$ 329 milhões de reais em contas fora do Brasil.
A força-tarefa aponta ainda que o presidente do
Grupo Petrópolis usou o programa de repatriação de recursos de 2017 para trazer
ao Brasil, de forma ilegal, cerca de R$ 1,4 bilhão que foram obtidos de forma
ilícita.
Em depoimento de delação premiada, o presidente do
Grupo Petrópolis já tinha relatado o esquema à polícia em setembro de 2017.
O outro lado
O advogado de Walter Faria,
Paulo Campoi, informou que o empresário se apresentou às autoridades no intuito
de esclarecer os fatos, reiterando os diversos depoimentos anteriormente dados
às autoridades competentes. Informações G1