Flagrado em uma conversa, não se sabe com quem,
o radialista Aílton Borges, principal âncora da Digital FM, precisa se
explicar, mas não com seu tradicional “digo”, quando erra, algo que quase
sempre acontece.
Aparentemente, o jornalismo praticado pelo radialista está em
plano secundaríssimo, importando para ele outras pautas, distantes daquelas que
indicariam que o prefeito de Sátiro Dias, Marivaldo Alves, faz boa ou má gestão.
O papel do comunicador é criticar e/ou elogiar,
tendo os fatos como motivadores de seus posicionamentos.
Nunca “acertos acertados ou desacertados” se transformando,
mesmo que encobertos, em molas propulsoras de pautas positivas ou negativas.
A direção da Digital FM precisa se pronunciar.
Se não o fizer, demonstrará conivência, algo que prejudicará
a imagem não só da emissora, mas do poderoso grupo de comunicação com presença
para além das fronteiras baianas.
O melhor neste momento seria afastar o radialista,
impondo-lhe, tal qual faz a Igreja Católica, o silêncio obsequioso.
“Modus operandi”, “que vergonha” , “que bomba” , “mercenário”
, “escândalo”, “para mim não é novo” e “meu primo foi prefeito, passou por
isso, denunciou e nada foi feito” são comentários que estão no meu Whatsapp em
relação ao áudio do radialista.
A naturalização dos absurdos radiofônicos é atitude que
denigre a imagem da cidade e coloca em posição de intocável o radialista, como
se ele estivesse em pedestal e não pudesse ser confrontado.
Para confrontá-lo basta não ter “rabo de palha”.
Aparentemente, os prefeitos da microrregião de Alagoinhas têm
medo do radialista e optam pelo silêncio.
O prefeito Marivaldo Alves merece reconhecimento por adotar
postura altiva e não se dobrar.
Há muito critico a imprensa de Alagoinhas e defendo novos
postulados que levem em consideração estritamente os fatos jornalísticos e não
interesses de A e B, que atuando em emissoras de rádio, mais parecem donos do
que prestadores de serviço ou funcionários.
A leniência ou olhos fechados para a gravidade dos fatos são
inaceitáveis.
Não cabe ao radialista tomar partido (em 2016 vestiu camisa
amarela e parece que tudo foi esquecido) em Alagoinhas ou nos municípios
alcançados pelas ondas da Digital FM.
A falta de vergonha é grandiloquente, bem como a desfaçatez
de fazer do microfone não meio de vida, o que seria aceitável, mas bazuca
apontada para quem contraria seus interesses.
Está mais do que na hora de dar um basta neste “estado de
coisas”.
Com a palavra a direção da Digital FM.
Maurílio Lopes Fontes
Editor do site Alagoinhas Hoje / Informações Fala Alagoinhas News / Imagem ilustrativa