O conglomerado de
organizações civis da Bolívia (Conade) convocou nesta terça (23) uma greve
nacional em 21 de agosto e outra indefinida a partir de 10 de setembro contra a
candidatura do presidente Evo Morales a um quarto mandato nas eleições de
outubro.
"Estamos
pedindo a renúncia do binômio governista porque é ilegal e inconstitucional e a
renúncia dos representantes da corte eleitoral", que suspeitam que são
afins ao governo, disse o ex-defensor do povo Rolando Villena, porta-voz da
organização, que se reuniu nesta terça em La Paz.
O Conade (Comitê de
Defesa da Democracia), que reúne personalidades independentes e comitês cívicos
dos nove departamentos, tenta evitar a candidatura de Morales alegando que um
referendo nacional lhe negou essa possibilidade em 2016.
No entanto, um ano
depois o Tribunal Constitucional aprovou sua participação nas eleições com o
argumento de que se tratava de um direito humano.
O Conade e a
oposição acusam também o Tribunal Eleitoral de estar controlado pelo governo.
A primeira greve
contra a candidatura de Morales teve adesão parcial no último 9 de julho na
região de Santa Cruz de la Sierra, motor do desenvolvimento boliviano.
A três meses das
eleições, a oposição ainda está dividida em oito candidaturas. G1 / O presidente da Bolívia, Evo Morales, quer concorrer a um quarto mandato este ano — Foto: Enzo de Luca