A Tailândia iniciou neste sábado os
rituais prévios à coroação do rei Maha Vajiralongkorn, que ascendeu ao trono em
outubro de 2017 após a morte de seu pai, o rei Bhumibol, e cuja proclamação
está prevista ocorrer entre os dias 4 a 6 de maio.
Oficiais encarregados do ritual recolheram neste sábado água
durante uma série de cerimônias religiosas ao longo de todo o país -
transmitidas ao vivo pela televisão - e que servirá para os ritos de
purificação prévia à coroação.
A coleta aconteceu em mais de 100 aquíferos da Tailândia entre
as 11h52 e 12h38 local (1h52 e 2h38, em Brasília), segundo o horário
considerado auspicioso pelos astrólogos tailandeses.
A água, armazenada em jarras tradicionais, será benzida em
cerimônias budistas nos templos mais importantes do país de 8 a 9 de abril,
antes de ser combinada em outro rito de consagração em Wat Suthat, um dos
templos mais antigos de Bangcoc, no dia 18.
Neste sábado, além disso, é celebrado na Tailândia o dia Chakri,
a dinastia da qual procede o soberano, conhecido como Rama X ao ser o 10°
monarca da linhagem dos Chakri.
O monarca, de 66 anos, também terá que recitar vários versos
budistas durante os atos de coroação.
A monarquia e o budismo são dois pilares fundamentais da
sociedade tailandesa, que vê o rei como uma figura reverenciada e quase divina.
No entanto, o atual soberano viveu grande parte de sua vida no
exterior longe dos afazeres da Coroa e não herdou a popularidade de seu pai.
Desde sua ascensão ao trono, Vajiralongkorn fortaleceu seus
poderes com a aprovação de várias reformas legais que, entre outros, puseram
sob sua única autoridade o vasto patrimônio da Coroa e várias agências estatais
responsáveis por sua segurança.
A informação sobre a monarquia tailandesa é um assunto muito
sensível no país devido à lei de lesada altivez, que castiga com penas entre 3
e 15 anos de prisão os críticos e os que fizerem comentários insultantes para a
família real. EFE.|uol / O rei da Tailândia Maha Vajiralongkorn
durante uma cerimônia em Bangcoc, em 14 de maio de 2018 - THAI NEWS PIX/AFP/Arquivos