O presidente Jair Bolsonaro visitou nesta
segunda-feira (1) com Benjamin Netanyahu o Muro das Lamentações em Jerusalém,
tornando-se, assim, o primeiro chefe de Estado a realizar tal visita ao lado de
um primeiro-ministro israelense, segundo o Chancelaria israelense.
Rompendo com a prática diplomática, Bolsonaro foi ao local mais sagrado do judaísmo com Netanyahu.
Quipá na cabeça, colocou as duas mãos nas pedras do
muro e, com Netanyahu fazendo o mesmo do seu lado esquerdo, recolheu-se por
vários segundos com a cabeça inclinada.
Bolsonaro cumpriu com a tradição de inserir nos
espaços do Muro um pedaço de papel destinado à realização de um voto.
Durante décadas, os líderes estrangeiros se
abstiveram de aparecer ao lado de um líder israelense em frente ao Muro das
Lamentações, para evitar que parecessem se posicionar em questões altamente
sensíveis de soberania.
O local, um dos mais sagrados do judaísmo, fica em
Jerusalém Oriental, ocupada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, em uma
decisão que não foi reconhecida pela comunidade internacional.
O estatuto de Jerusalém é uma das questões mais
difíceis do conflito israelense-palestino.
O presidente americano Donald Trump visitouo Muro
em maio de 2017, mas ele foi acompanhado pelo Rabino do Muro, Shmuel
Rabinovitz, e não por um líder israelense. |em / Foto: MENAHEM KAHANA / POOL / AFP