A Lava Jato vive seu momento de maior apreensão diante do julgamento que pode minar a onipresença da operação em crimes de caixa 2. O STF (Supremo Tribunal Federal) sinalizou que irá decidir, nesta quinta-feira (14), que a Justiça Eleitoral tem poderes para processar crimes comuns (não eleitorais), como corrupção e lavagem de dinheiro. Essa decisão retira da Lava Jato a prerrogativa de investigar os crimes que a caracterizaram ao longo dos últimos anos. 
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao tribunal que processos que envolvam os dois tipos de crime sejam divididos, para que o caixa dois seja julgado na Justiça Eleitoral e os crimes de corrupção e lavagem, na Justiça Federal. Dodge sustentou que os tribunais eleitorais não são estruturados para investigar e processar crimes complexos como os que vêm sendo descobertos pela Lava Jato e seus desdobramentos."
A matéria ainda acrescenta: "dois ministros votaram para que crimes comuns, quando investigados junto com crimes eleitorais (como caixa dois), sejam processados na Justiça Eleitoral, e não na Justiça Federal, como queria o Ministério Público. Foram eles: Marco Aurélio e Alexandre de Moraes. Até o momento, somente o ministro Edson Fachin atendeu ao pleito da PGR, afirmando que há delitos que, excepcionalmente, não devem ir para a Justiça Eleitoral. O placar parcial é de 2 votos a 1."|Imagem: Rosinei Coutinho/Divulgação/STF

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