Ao apresentar um pedido de voto de solidariedade às vítimas do ciclone Idai, que atingiu o sudeste da África no dia 15 de março, o senador Jaques Wagner (PT-BA) pediu que o Brasil se faça presente na ajuda humanitária à população de Moçambique, Malawi e Zimbábue.
O senador observou que mesmo países mais pobres que o Brasil têm se mobilizado em favor das vítimas. Já foram contados, até agora, mais de 700 mortos. Milhares de pessoas continuam ilhadas, à espera de resgate, de abrigo, de alimentos e de socorro médico. A segunda maior cidade de Moçambique, Beira, foi a mais atingida pela catástrofe climática.
O senador afirmou que entre os primeiros anúncios de auxílio financeiro para o desastre estiveram 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 15,3 milhões) por parte da União Europeia e 6 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 30,7 milhões) por parte do Reino Unido. Ele destacou que mesmo os países mais pobres, como Angola e Cuba, têm contribuído mais do que o Brasil para essa ajuda humanitária a um país lusófono, que é Moçambique.
— Em contraste, o Brasil, por enquanto, só se limitou a anunciar, no dia 22, o repasse de apenas 100 mil euros por meio de um fundo solidário ainda a ser criado, no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, da qual Moçambique também faz parte. Assim sendo, parece-nos imprescindível que o Senado da República, em atitude própria, manifeste toda a sua inequívoca solidariedade aos governos e aos povos de Moçambique, do Malawi e do Zimbábue — afirmou Jaques Wagner.|agenciasenado / Roque de Sá/Agência Senado