O exército de Israel lançou, nesta segunda-feira, 25, ataques na Faixa de Gaza em
resposta ao disparo de um foguete lançado no domingo à noite que atingiu uma
casa ao norte de Tel Aviv. Após ataques, o grupo palestino Hamas anunciou um
cessar-fogo com mediação do Egito, após horas de intenso confronto, a apenas
duas semanas das eleições israelenses.
“Os
esforços egípcios tiveram sucesso”, alcançando “um cessar-fogo entre a ocupação
e as facções da resistência”, disse o porta-voz da organização, Fawzi Barhum.
Antes desta
declaração, helicópteros israelenses tinham lançado ao menos três ataques no
oeste da Faixa de Gaza, contra uma base do braço armado do Hamas. Diversos
confrontos foram registrados após o anúncio do cessar-fogo, mas por volta da
meia-noite (19h em Brasília) a calma parecia retornar à região.
Os
ataques aéreos contra Gaza aconteceram no momento em que o primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, chegava à Casa Branca, onde o presidente
americano Donald Trump afirmou que “Washington reconhecia o direito de Israel
de se defender” e chamou de “ataque desprezível” o disparo de foguete de
domingo.
Além disso, Trump
assinou um termo reconhecendo a soberania israelense sobre as disputadas
Colinas de Golã, uma zona fronteiriça que Israel conquistou da Síria em 1967 e
anexou em 1981. “Estávamos preparando isso há muito tempo”, afirmou Trump ao
lado de Netanyahu.
O
reconhecimento dos Estados Unidos do controle israelense sobre as Colinas de
Golã rompe com décadas de consenso internacional.
Antes de anunciar a
trégua, o Hamas foi taxativo ao negar nesta segunda o disparo o foguete e disse
que o movimento islâmico palestino não tem interesse em um confronto com o
estado judeu.
“Ninguém
dentro dos movimentos de resistência, incluindo o Hamas, tem interesse em
disparar foguetes de Gaza contra o inimigo”, disse à AFP um alto funcionário do
movimento que controla a Faixa de Gaza, e que pediu anonimato.
Essa
mesma mensagem foi transmitida ao Egito, que atuou como mediador entre Israel e
o Hamas, segundo a fonte.|exame / Chamas são vistas durante ataque de Israel à Gaza, na segunda-feira (25) — Foto: Reuters/Mohammed Ajour