O
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
divulgou nesta quinta-feira, 31 de janeiro, as estatísticas do Censo
Escolar 2018. O levantamento identificou queda de 1,3 milhão nas
matrículas da educação básica (ensinos infantil, fundamental, médio e Educação
de Jovens e Adultos - EJA), entre 2014 e 2018.
O Censo
Escolar é realizado anualmente e o levantamento traz um panorama do cenário
educacional do Brasil, levando em consideração as redes pública e particular de
ensino. Em relação às matrículas, as estatísticas apresentadas pelo Inep
mostram dados dos últimos cinco anos.
Matrículas
No
geral, as matrículas da educação básica apresentaram queda ano após ano, com
exceção de 2016, que registrou um pequeno acréscimo. Em 2014, quase 50 milhões
de crianças e adolescentes estavam matriculados na educação básica. No ano
passado, eram 48,4 milhões. A queda foi de 2,6%.
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Educação Infantil
As matrículas na educação infantil cresceram 11,1% nos
últimos cinco anos, chegando a 8,7 milhões de estudantes matriculados. De
acordo com o Censo, o crescimento é resultante do aumento da entrada em
creches.
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Ensino Fundamental
O ensino fundamental registrou 27,2 milhões de
matrículas em 2018, número 4,9% inferior ao registrado em 2014. Os anos finais
tiveram maior queda em relação aos iniciais.
Sobre o regime do ensino fundamental, o Censo informou
que 9,4% dos estudantes são de escolas de tempo integral, quantidade
inferior aos 13,9% de 2017. Os colégios públicos ainda são maioria na oferta do
ensino integral - 10,9% contra 2,2% dos particulares.
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Ensino Médio
O ensino médio registrou 7,7 milhões de matrículas no
ano de 2018, uma queda de 7,1% em relação ao últimos cinco anos. De acordo com
o levantamento, o motivo está na menor entrada de estudantes vindos do ensino
fundamental e melhor fluxo no ensino médio, ou seja, maior aprovação dos
estudantes.
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Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Também houve queda no número de matrículas da Educação
de Jovens e Adultos (EJA). De acordo com o levantamento, 2018 apresentou 1,5%
de matriculados a menos do que o ano anterior, totalizando 3,5 milhões de
estudantes.
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Educação Profissional
Na contramão, a educação profissional registrou
crescimento de 3,9% em relação a 2017. Segundo dados do Censo 2018, as
modalidades que mais cresceram foram a concomitante e a integrada ao ensino
médio, com 8,0% e 5,5% respectivamente.
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Educação Especial
A Educação Especial deu um salto se comparada a 2014,
já que foi registrado um crescimento de 33,2% nas matrículas. De acordo com o
Censo, o aumento foi gerado pelo maior número de matriculados no ensino médio
nesta modalidade educacional.
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Distorção de Idade
O Censo da Educação Básica também traz o levantamento
sobre a chamada "distorção de idade", ou seja, quando o aluno está
matriculado em uma série que não é a esperada para a sua idade. Os dados
mostram que a distorção é maior em estudantes do terceiro ano do ensino
fundamental, acentuando-se no sexto ano e na primeira série do ensino
médio.
A distorção é maior no sexo masculino, independente da
etapa do ensino (fundamental ou médio), sendo a maior incidência na sexta série
do ensino fundamental: 31% de homens em idade superior ao esperado contra 19,2%
de mulheres.
Demais levantamentos
Além dos dados sobre os estudantes matriculados na
educação básica, o Censo 2018 também apresenta informações sobre os professores
e também a respeito das escolas. O levantamento
completo pode ser conferido neste link.