O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal
Federal, determinou na madrugada deste sábado (2) que a eleição para presidente
do Senado seja feita por meio de votação secreta. Ele atendeu a um pedido dos
partidos Solidariedade e MDB.
A sessão que vai definir
o novo comando da Casa está marcada para as 11h deste sábado após ter sido
adiada na noite de sexta-feira (1º), depois de muito tumulto e bate-boca entre
os senadores.
Na
decisão, Toffoli anulou a votação conduzida pelo senador Davi Alcolumbre
(DEM-AP), que por 50 votos a 2 e uma abstenção estabeleceu voto aberto para a
eleição que escolherá o presidente – 28 senadores não votaram.
O ministro determinou a
comunicação da decisão ao senador José Maranhão (MDB-PB), que, segundo Toffoli,
presidirá os trabalhos na sessão deste sábado.
"Defiro o pedido, de modo que as eleições para os
membros da Mesa Diretora do Senado Federal sejam realizadas por escrutínio
secreto. Por conseguinte, declaro a nulidade do processo de votação da questão
de ordem submetida ao Plenário pelo Senador da República Davi Alcolumbre, a
respeito da forma de votação para os cargos da Mesa Diretora. Comunique-se, com
urgência, por meio expedito, o Senador da República José Maranhão, que,
conforme anunciado publicamente, presidirá os trabalhos", diz a decisão
A
suspensão da sessão desta sexta-feira (1º) foi proposta pelo senador Cid Gomes
(PDT-CE) para tentar pôr fim à divergência acerca de quem deveria conduzir a
reunião. A proposta foi aprovada em votação simbólica (sem contagem de votos). g1 / Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado