A Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB-MG) ingressou com mandado de segurança junto ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) para impedir que o advogado Zanone Manuel de Oliveira seja obrigado a informar quem o contratou e financiou para atuar na defesa de Adélio Bispo de Oliveira, o criminoso que tentou matar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em Juiz de Fora-MG.

No dia 21 de dezembro passado, o advogado foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Policia Federal em Contagem-MG, onde Zanone Manuel de Oliveira mora e possui um escritório. Foram apreendidos um telefone celular, um disco rígido com câmeras de segurança do prédio, livros de caixa, recibos e comprovantes de pagamentos de honorários de Zanone.

Segundo o diretor de Comunicação da OAB-MG, Raimundo Cândido Neto, o objetivo é “proteger o sigilo profissional”, garantindo “o sigilo nas relações advogado/cliente para a proteção dos cidadãos”.

Em entrevistas, o advogado Zanone Manuel de Oliveira Junior afirmou que recebeu R$ 5 mil em dinheiro de um “desconhecido”, com o qual se reuniu em seu escritório em Belo Horizonte no dia seguinte à tentativa de assassinato, para cuidar da defesa de Adélio até a conclusão da investigação da Polícia Federal. Segundo ele, outros R$ 20 mil seriam pagos pelo serviço em parcelas mensais, mas o contratante “desapareceu”.

Com informações, Agência Caneta / Fabio Motta - Estadão

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