O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou na manhã desta
segunda-feira, 21, à Rádio Gaúcha, que o decreto que flexibiliza a posse de armas, assinado
pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada, não é uma medida de combate à
violência.
"Esta questão
da flexibilização da posse de armas, eu não vejo como uma medida de combate à
violência. Eu vejo apenas, única e exclusivamente como o cumprimento de
promessa de campanha e que vai ao encontro aos anseios, em grande parte, de
parte de eleitorado dele", afirmou Mourão, que assumiu a Presidência
interinamente enquanto Bolsonaro participa de compromissos do Fórum Econômico
Mundial, em Davos (Suíça).
De acordo com
Mourão, para diminuir a violência, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, tem
"medidas para segurança pública" a serem anunciadas. O general disse
ainda que, a despeito de críticas tanto de apoiadores de armas quanto de
defensores do desarmamento, o decreto está adequado. "A virtude está no
meio - e ele (Bolsonaro) foi no meio", disse.
Mourão disse ainda
que não vê neste momento "possibilidade concreta e real" de o
Congresso Nacional aprovar a flexibilização do porte de armas. "Porque nós
não conhecemos ainda o posicionamento deste Congresso que vai se iniciar",
afirmou.
O vice-presidente afirmou
também que sempre advoga "que a pessoa para portar arma tem de ter
condições psicológicas e condições técnicas". "Se a pessoa passar
nestes testes, eu acho que ela estaria adequada a portar arma", defendeu.|em / Foto reprodução tv globo