A Justiça suíça autorizou o envio de informações bancárias ao
Brasil para compor investigação que apura supostos repasses para campanhas do
PSDB e do senador José Serra por meio de instituições financeiras locais. A
decisão final, tornada pública na manhã desta quinta-feira, 10, ocorre após os
suíços rejeitarem um recurso que pedia a suspensão da cooperação entre as
procuradorias dos dois países. A informação é
do Jornal Estado de S.Paulo.
A ação
tentava impedir que dados bancários anteriores a 2010 fossem enviados ao
Brasil. Mas, para os juízes suíços, a decisão de 2018 do Supremo Tribunal
Federal de declarar como extinta a punibilidade dos supostos crimes atribuídos
ao senador não impede que haja uma investigação.
Em 2017, o
Ministério Público da Suíça recebeu um pedido de cooperação do Brasil para
investigar o caso por lavagem de dinheiro e corrupção. Foi ainda sob o mandato
do então procurador-geral Rodrigo Janot que a Procuradoria-Geral da República
solicitou ajuda oficial no exterior no caso que envolvia a campanha eleitoral
de Serra e de outros membros do PSDB.
De acordo
com os documentos do Tribunal, a movimentação financeira foi detectada a partir
dos servidores de internet usados pela Odebrecht. "Os créditos em questão
teriam sido depositados nos anos 2006, 2007 e 2009, totalizando R$ 10,8
milhões", indicou. A instituição usada teria sido o Corner Bank, da cidade
de Lugano. |Foto: André Dusek/Estadão