O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
tentou amenizar o exílio do também deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ), ao
citar um caso de ameaça ao senador Magno Malta (PR-ES) feito por um rapaz
identificado como Marcelo Valle Silveira Mello, preso e condenado a 41
anos de prisão entre vários crimes. O filho do presidente Jair
Bolsonaro tenta desviar atenção para o fato de que o pessolista tem sido
ameaçado por milicianos ligados ao clã Bolsonaro.
Mello ameaçou Malta e Wyllys de atentados caso
ambos não renunciassem. "O mesmo homem que ameaçou Jean Wyllys também
ameaçou Magno Malta, está no processo judicial. Será que @MagnoMalta também vai
sair do Brasil? Outra coisa, como dizer que o Estado foi omisso se o réu foi
condenado a 41 anos de prisão por terrorismo, racismo e pedofilia em
2018?!", disse Eduardo Jair Bolsonaro no Twitter.
No sábado (26), o Ministério da Justiça informou que Silveira
Mello foi preso em 2018 em uma operação da Polícia Federal e condenado
recentemente por crimes como terrorismo, divulgação de imagens envolvendo
pedofilia e racismo. Em nota, a pasta afirmou que Mello fazia parte do
grupo autointitulado "Homens Sanctos", e usava um nome falso para
fazer ameaças.
Neste mês,
a polícia do Rio prendeu milicianos suspeitos de envolvimento com o assassinato
da ex-vereadora Marielle Franco (PSol). A mãe de um deles - o ex-capitão do
Bope Adriano Magalhães da Nóbrega -, que está foragido, trabalhou no gabinete
do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio. O
parlamentar também já tinha feito homenagens ao policial.
Jair
Bolsonaro também foi o único presidenciável que não comentou o assassinato de
Marielle durante a campanha eleitoral.| Informações brasil247