O juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba,
decretou a prisão do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB). Também é alvo
de prisão preventiva Dirceu Pupo Ferreria, contador da ex-primeira dama
Fernanda Richa. O tucano foi preso em casa por volta das 7h da manhã desta
sexta-feira (25), informou a Justiça Federal.
O pedido foi feito pelo Ministério
Público Federal (MPF) em um desdobramento da Operação Integração, uma fase da
Lava Jato, que investigou corrupção na concessão de rodovias no Paraná.
Beto Richa é investigado pelos crimes de
corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
De acordo com as investigações da operação, o esquema teria
movimentado R$ 35 milhões em propinas, entre 1999 e 2015, sem a atualização
monetária. Dentre os investigados estão o empresário Luiz Abi Antoun,
primo de Beto Richa, e o ex-secretário de Infraestrutura do Paraná e irmão
do tucano, Pepe Richa.
Em setembro do ano passado [ver aqui], Fernanda Richa e Deonilson
Roldo, que é ex-chefe de gabinete do ex-governador, e mais 12 investigados
foram detidos suspeitos de envolvimento em um esquema de superfaturamento de
contratos para manutenção de estradas rurais em troca receberiam propina para
agentes públicos. Mas Richa foi solto após determinação do ministro do Supremo
Tribunal Federal Gilmar Mendes.
O tucano
também ficou muito repudiado em nível nacional nos últimos anos, após o chamado
Massacre Cívico, no dia 29 de abril de 2015, quando um mega-protesto de
professores terminou com mais de 200 feridos. A categoria era contrária
à reestruturação do Paranaprevidência. Só naquele dia o gasto com as ações
policias teria sido em torno de R$ 1 milhão. Os deputados estaduais também
tiveram de entrar na Assembleia Legislativa dentro de um camburão.|brasil247 / Imagem: Keiny Andrade-3.jun.2015/Folhapress