Os equipamentos trazidos de
Israel para Brumadinho (MG) "não são efetivos para esse tipo de
desastre", disse o comandante das operações de resgate, o tenente-coronel
Eduardo Ângelo.
"O ministro
de Israel se pronunciou a respeito das dificuldades que eles tiveram. O
imagiador que eles têm pegam corpos quentes, e todos os corpos [na região] são
frios. Então esse já é um equipamento ineficiente".
Indagado sobre o
que outros equipamentos israelenses podem ser usados nas buscas, o
comandante afirmou: "Dos equipamentos que eles trouxeram, nenhum se aplica
a esse tipo de desastre".
O militar
reconheceu que o detector de imagens poderia ser eficaz para localização de
sobreviventes, pois capta o calor humano. Porém, nenhum sobrevivente foi
localizado pelas buscas das últimas 48 horas. "O que faz [constitui] a
imagem é a temperatura. Quando a temperatura está homogênea, é como se não
houvesse nada no solo".
O comandante,
porém, disse que o apoio dos israelenses é importante e funciona "como
mão-de-obra". "As equipes de campo estão acompanhadas pelas equipes
dos bombeiros de Minas Gerais."
O comandante
voltou a dizer que são pequenas as chances de localização de sobreviventes.
"O que a
literatura fala é que depois de 48 horas, a chance é quase nula. Mas existem
registro de pessoas que foram encontradas vivas dias depois, mas é um ponto
fora da curva. A experiência mostra que a cada dia que passa, a chance é
menor".|Folhapress / 1º Foto: André Penner/AP / 2ª Foto: Embaixada de Israel no Brasil