Bolsonaro cedeu aos grandes capitalistas e diminuiu
reajuste do salário mínimo. Prefeitos e governadores querem que o capitão faça
o mesmo em relação ao piso do magistério
Embora
Lei Orçamentária projetasse que o salário mínimo ficaria em R$ 1.006 este ano,
Jair Bolsonaro o rebaixou — através de um decreto — para R$ 998,00. Medida
contra os trabalhadores é só um leve aperitivo do que pode vir de ruim por
aí.
Ao
tomar R$ 8,00 de cada um dos mais pobres, o capitão começa a fazer caixa para
engordar ainda mais os cofres dos grandes empresários e banqueiros, através do
pagamento de juros da eterna dívida pública. Após o anúncio, ver caso do
magistério.
Piso do magistério
Outro ataque que
pode vir nos próximos dias refere-se ao piso nacional dos professores. Segundo
desdobramentos de portaria do MEC relativa ao Fundeb, editada em dezembro de
2018, reajuste do piso em 2019 deve ser de 4,17%.
Por conta também de
tal portaria, valor mínimo passa de R$ 2.455,35 para 2.557,74, para carga
horária de 40 horas semanais. No entanto, prefeitos e governadores querem
rebaixar reajuste para o INPC dos últimos doze meses, na casa dos 3,56%,
segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Nota
O governo Bolsonaro
— tal qual seus antecessores — deve lançar uma Nota logo no início de janeiro e
anunciar oficialmente o percentual de reajuste e o valor mínimo do piso. Resta
saber se seguirá a portaria do MEC ou a pressão dos gestores. Continua, após o
anúncio.
No caso do salário
mínimo, Bolsonaro acatou o argumento dos grandes capitalistas. Para os tais, um
reajuste maior quebraria a economia do País. Em relação ao piso dos educadores,
a desculpa é que aumento real quebra estados e municípios.|deverdeclasse / Rebaixar o reajuste do salário mínimo foi a primeira medida de impacto de Jair Bolsonaro ao assumir a presidência do País / Foto: Valter Campanato/Agência Brasil