Cento
e noventa e seis médicos cubanos retornaram nesta 5ª feira (15.nov.2018) ao
país de origem após 3 anos de trabalho no Brasil. É o 1º grupo de profissionais
a desembarcar na ilha desde a decisão de Cuba de sair do programa Mais Médicos.
A
medida é uma retaliação às críticas do presidente eleito, Jair Bolsonaro, ao
programa.
Bolsonaro
havia questionado a capacidade dos cubanos que integram o Mais Médicos e disse
que condicionaria a permanência dos estrangeiros à revalidação do diploma por
meio de prova, o Revalida.
Segundo a ACN (Agência Cubana de Notícias), os médicos chegaram “felizes
por terem cumprido sua missão”, mas também “preocupados com a sorte
do povo brasileiro com o novo presidente eleito”.
A médica Marianela Leyva Rodriguez, por exemplo, diz concordar com as
medidas adotadas pelo governo cubano, mas afirmou estar preocupada com a
comunidade humildade que atendia no interior da Bahia há 3 anos.
O QUE É O MAIS
MÉDICOS
O Mais Médicos foi lançado em 2013, no governo de Dilma Rousseff, com o
objetivo de reduzir o deficit de profissionais de saúde, especialmente no
interior do país e nas unidades do SUS (Sistema Único de Saúde).
O programa engloba médicos de vários países, mas Cuba é quem tem o maior
número de profissionais. A contratação dos médicos cubanos é feita por meio de
1 convênio com o governo brasileiro. O pagamento é feito pelo Brasil ao governo
cubano, que é responsável por pagar os profissionais.
De acordo com o Ministério da Saúde, há 8.332 cubanos trabalhando no
programa. Os Estados do Nordeste concentram 2.817 (33,8%). A região
Sudeste vem logo atrás, com 2.420 profissionais (29%).|poder360 / José Cruz/Agência Brasil