Após 15 anos de queda, a desigualdade de renda no Brasil ficou
estagnada em 2017. O relatório divulgado pela Organização Não Governamental
Oxfam apontou que, com isso, o Brasil subiu um degrau no ranking mundial de
desigualdade, passando a ser o 9º país mais desigual. De acordo com a ONG, desde 2002 o índice de Gini da renda
familiar per capita apresentava quedas seguidas, o que não foi observado entre
2016 e 2017, quando ficou estagnado em 0,549.
A reportagem do site G1 destaca a fala
de Karia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil: "o país estagnou em
relação à redução das desigualdades, e o pior: podemos estar caminhando para um
grande retrocesso".
A matéria explica o relatório: "no relatório, intitulado
'País Estagnado', a Oxfam aponta ainda que entre 2016 e 2017 o Brasil se
manteve no mesmo patamar do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), seguindo na
79ª posição em um ranking de 179 países. O indicador com maior impacto negativo
foi o de renda, que registrou queda sobretudo nas menores faixas."
O jornal ainda informa: "o relatório
aponta que em 2017 o Brasil tinha 15 milhões de pessoas pobres, que sobrevivem
com uma renda equivalente a US$ 1,90 por dia, critério estabelecido pelo Banco
Mundial. Esse número representa uma alta de 11% em relação a 2016, quando esse
número foi estimado em 13,3 milhões de pessoas. Foi o terceiro ano consecutivo
de aumento no número de pobres no país."|Foto reprodução tvglobo