A deputada federal e futura ministra da Agricultura do governo Jair Bolsonaro (PSL), Tereza Cristina (DEM-MS), concedeu incentivos fiscais ao grupo JBS no Mato Grosso do Sul. À época, ela era secretária estadual de Desenvolvimento Agrário e Produção, e ao mesmo tempo, arrendava uma propriedade na cidade de Terenos aos irmãos Joesley e Wesley Batista para criação de bois.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, os documentos assinados por Tereza foram entregues pelos delatores da JBS em agosto do ano passado, como complemento ao acordo de colaboração premiada fechado entre os executivos da empresa com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O esquema se aproveitava da concessão, prevista pela legislação, de incentivos fiscais por parte do governo para empresas que queriam construir ou ampliar fábricas. A JBS conseguia da administração estadual o acordo para obtenção do crédito e, em contrapartida, acertava com o governo o pagamento de propina, que variava de 20 a 30% do valor obtido com os créditos.

De 2007 a 2014, Tereza foi secretária do então governador André Puccinelli (MDB-MS), que foi preso em julho pela Operação Lama Asfáltica da Polícia Federal, acusado de corrupção.|Foto : Antonio Cruz / Agência Brasil

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