O PT pediu nesta terça-feira (2) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a abertura de uma investigação contra a chapa do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) por abuso de poder econômico na campanha.
O pedido foi feito pelos advogados da coligação "O Povo Feliz de Novo" (PT/ PC do B/PROS), do presidenciável Fernando Haddad, contra Bolsonaro, seu vice, o general Hamilton Mourão, e o empresário Denisson Moura de Freitas, dono da Komeko, que atua no ramo de ar-condicionado e climatização.
De acordo com o PT, o presidente da empresa emitiu um comunicado via áudio aos funcionários "solicitando que os mesmos passem a usar adesivos e camisetas de apoio ao candidato Jair Bolsonaro".
"Denisson Moura afirma que a empresa irá contribuir de forma pecuniária para a compra dos citados materiais e que todos os funcionários da empresa irão trabalhar durante a 'semana Bolsonaro' uniformizados com a camiseta", informa a ação.
Segundo o PT, fica evidente o caráter eleitoral do conteúdo das mensagens, "além de demonstrar potencial suficiente a comprometer o equilíbrio do pleito eleitoral de 2018".
O partido destaca que a mensagem constitui propaganda eleitoral em favor do candidato e que não está; no orçamento da campanha.
"Resta claro o abuso de poder econômico na medida que a campanha do candidato representado ganha reforço financeiro que não está compatibilizado nos gastos da campanha. Todavia, os resultados da propaganda, serão por ele usufruídos", diz o documento.
Caso seja condenado, Bolsonaro pode ficar inelegível por oito anos.
Além de Freitas, outros empresários declaram voto em Bolsonaro, como os donos do supermercados Condor e da varejista Havan. As mensagens estão sob análise do MPT (Ministério Público do Trabalho) e MPF (Ministério Público Federal).|bn / Foto reprodução