A Executiva Nacional do PSDB decidiu nesta
terça-feira liberar os filiados e lideranças partidárias no segundo turno da
eleição presidencial entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT),
permitindo assim que apoiem quem quiserem na disputa, dois dias após o
candidato tucano e presidente do partido, Geraldo Alckmin, ter terminado a
primeira etapa na corrida presidencial em quarto lugar.
"O PSDB decidiu liberar os seus militantes
e os seus líderes. Nós não apoiaremos nem o PT nem o candidato Jair Bolsonaro.
O partido não apoiará nem um nem outro e libera seus filiados e líderes para
que decidam de acordo com a sua consciência e convicção", disse Alckmin,
em entrevista coletiva após a reunião da executiva do partido em Brasília.
O
desempenho do PSDB na corrida presidencial com Alckmin foi o pior do partido
desde a sua fundação.
Segundo Alckmin, os integrantes do partido estão liberados a
tomar a decisão política no segundo turno conforme a realidade dos seus
respectivos Estados. Para ele, a decisão de não declarar apoio a qualquer um
dos candidatos do segundo turno é "coerente" porque ao longo da
campanha não se deveria endossar o aval do partido "nem de um extremo nem
do outro". [DCI / Foto reprodução]