O desembargador Olindo Menezes, da 4ª
Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, concedeu habeas corpusdeterminando a
soltura do ex-governador Marconi Perilo. Ele foi preso ontem (10), quando prestava depoimento na Superintendência da Polícia
Federal em Goiás.
Ex-governador
e ex-senador, Perillo foi denunciado na Operação Cash Delivery por suspeita de
envolvimento no pagamento de propina a servidores públicos do estado, lavagem
de dinheiro e associação criminosa. Segundo delações de executivos da
construtora Odebrecht, o político recebeu cerca de R$ 12 milhões em recursos
ilegais entre 2010 e 2014 para favorecer a empresa em contratos.
Em
nota, o advogado do ex-governador, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay,
disse que, desde o inicio, considerou "ilegall, arbitrária e
infundada" a prisão de Perillo. Para Kakay, a prisão, de certa forma,
"afrontava outras decisões de liberdade que já foram concedidas nesta
mesma operação”. Ele afirmou que “ninguém está acima da lei”, mas condenou
“prejulgamentos” e o “uso desnecessário de medidas abusivas”.
Ontem
a defesa criticou a prisão preventiva, dizendo que era igual a uma decisão que
foi revogada pelo Tribunal Federal Regional da 1ª Região (TR 1). “Não há
absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto [de prisão] do
ex-governador Marconi Perillo", afirmou, em outra nota, o advogado. [agenciabrasil / Wilson Dias/Arquivo/Agência Brasil]