Em entrevista a uma rádio de Alagoinhas, na
manhã desta quarta-feira (10), o deputado estadual Joseildo Ramos (PT) comentou
o resultado das eleições do último domingo, na qual participou como candidato a
deputado federal. Para o líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa da
Bahia, apesar de ter se tornado segundo suplente da sua coligação, o saldo deve
ser considerado como uma vitória para o campo progressista do município. “O
prefeito não foi bem com os seus candidatos, que não tiveram o desempenho
mínimo esperado para uma prefeitura tão importante. Nós tivemos um terço dos
votos, quase 22 mil. Aqui também emerge a figura de Radiovaldo, que demonstrou
no resultado da eleição que ele é uma liderança reconhecida, tendo quase a
mesma votação do ex-prefeito dentro do município e mais de 10 mil votos à
frente dele na Bahia toda”, afirmou.
Questionado sobre o que teria atrapalhado a concretização da sua
eleição, Joseildo alegou falta de recursos para dar estrutura à campanha e o
curto espaço de tempo para realizá-la. De acordo com o parlamentar, a mudança
da candidatura de estadual para federal em um período menor que um ano foi um
fator importante, mas não determinante durante o processo eleitoral. “Não quero
justificar, mas mudar o curso da campanha em nove meses não é fácil. Acho que o
resultado foi interessante. Sou segundo suplente e isso não é pouco. Inclusive,
estou na frente de Imbassahy, Tia Eron, Benito Gama. Figuras decanas na
política contra nós, estreando nesse momento”, avaliou.
No ar, Joseildo também agradeceu a votação que teve e se disse orgulhoso
do resultado. “Mais uma vez, fizemos uma campanha nos moldes de como
historicamente a gente faz. Uma campanha de princípios e valores. Eu não
gostaria, em nenhum momento, de me eleger saindo disso”, afirmou.
Rui Costa
A reeleição do governador Rui
Costa em detrimento do candidato da oposição Zé Ronaldo também foi avaliada
pelo líder do PT. Questionado sobre o que teria levado o chefe do executivo a
ter uma vitória com mais de 75% da preferência dos baianos, Joseildo destacou
que, além do bom trabalho que está sendo executado pelo Governo do Estado,
existem fatores que fragilizaram o grupo da oposição. “ACM Neto é uma figura
individualista. Quando viu que ia perder, desconsiderou as histórias envolvidas
no seu campo. Na política brasileira, quem arrasta um processo é a referência e
ela mora na majoritária. Nós temos uma referência forte: Rui Costa. Do outro
lado, o acovardamento, a falta de solidariedade, um protótipo de liderança da
oposição que não se fará consistente por causa da sua agonia de não poder
perder uma eleição. Ele não faz jus à tradição carlista”, avaliou. [Ascom
/ Joseildo Ramos]