Tribunal
de Contas dos Municípios da Bahia (TCM) investiga 26 prefeituras e 30 câmaras
de vereadores do estado por suspeita de gastos com cerca de R$ 90 mil para
receber o título de "melhor gestor do país".
O
título é dado pela União Brasileira de Divulgação (UBD), que fica em
Pernambuco, e que, junto com o Instituto Tiradentes, de Minas Gerais, chegou a
fazer 20 premiações a prefeitos, vereadores e secretários municipais, por ano.
A investigação do TCM ocorreu após o programa Fantástico, da TV
Globo, denunciar, através de uma reportagem exibida no último domingo (5), que
um jumento recebeu o título de um dos 100 melhores prefeitos do Brasil, no Rio
Grande do Sul.
Na Bahia, o Tribunal de Contas dos Municípios fez um
levantamento e, de acordo com as prestações de contas de 2017 e do primeiro
semestre deste ano, verificou que as 26 prefeituras e as 30 câmaras de
vereadores pagaram para ter títulos dados pela UBD e o Instituto Tiradentes.
Juntas elas gastaram R$ 92.983 mil com as premiações.
O prefeito de Alagoinhas, Joaquim Neto (DEM), recebeu a
medalha em 2017 por suposta aprovação de 80% na avaliação dos primeiros 150
dias a frente da administração municipal. De acordo com release enviado pela
prefeitura, 1.529 pessoas responderam à pesquisa, entre as quais, 854
classificaram a gestão como ótima, 389 como boa, 187 como regular e 99 como
ruim. Além do prefeito, os secretários Rodrigo Matos (Saúde), Fabrício Faro (Educação)
e José Edésio (Governo) também foram homenageados com a Medalha Alferes
Tiradentes "pelo alto índice de aprovação" atingido na suposta
pesquisa. O TCM registrou pagamento de R$ 750 pela prefeitura para o Instituto
Tiradentes no ano.
O prefeito Marivaldo Alves (DEM), de Sátiro Dias, gastou R$
1,4 mil com registro. [Informações do correio24horas e g1 / Foto montagem]