O presidente
da União dos Municípios da Bahia, Eures Ribeiro (PSD), disse, ontem, que é
contra o projeto, que tramita no Congresso Nacional, para autorizar a criação
de novos municípios. Para ele, a proposta é uma “forma absurda de enxergar a
questão republicana”. “Temos 417 municípios, os menores são os que mais sofrem.
Você criar mais municípios, com mais dificuldades financeiras, já nascem em um
estado de penúria. Não acho que é por aí que se cria uma Bahia melhor”,
afirmou, em entrevista à rádio Metrópole. Hoje, o Brasil tem 5.570 prefeituras.
Na Bahia, estima-se que, pelo menos, 20 povoados têm a pretensão de virar
cidade. O deputado federal Paulo Azi (DEM) tem defendido a matéria. No
entendimento dele, é justo o interesse destas regiões.
Ainda
na entrevista, o mandatário da UPB criticou a “falta de preparo” da Defesa
Civil nacional para combater a seca na Bahia. “Fui com um grupo de
prefeitos e infelizmente não se encontrou uma nova forma para combater a seca.
[…] Nós ficamos surpresos com a falta de preparo da Defesa Civil Nacional, que
não tinha nem informação sobre as cidades. Há quanto tempo tem seca no sertão?
Por maior que seja a crise do país, existe recurso emergencial. Não é possível
que não nos atendam”, disse Eures Ribeiro, que também é prefeito de Bom Jesus
da Lapa.
De
acordo com ele, as prefeituras do interior da Bahia não têm recursos para
reduzir os efeitos da crise hídrica. “O caminhão-pipa ainda é a única
medida e foi suspenso em vários municípios da Bahia. No Nordeste, como um todo,
teve um número de chuvas significativas, exceto na Bahia. […] Você colocar com
recursos do município é impossível. O ministro [das Cidades, Alexandre Baldy]
se comprometeu conosco. Agora, voltaremos na quarta com Exército para retomar a
operação”, pontuou.|tribunadabahia / Foto reprodução