A Fundação Internacional dos Direitos Humanos, organismo
não-governamental sediado em Madri (Espanha) e presença em 15 países, emitiu
uma declaração no domingo (8) em que diz que passa a considera o ex-presidente
Lula como “prisioneiro de consciência” em razão do não cumprimento do habeas corpus concedido ao
pelo desembargador plantonista Rogério Favreto.
A
entidade destaca que levou em consideração a total ausência de genuínas e
inequívocas provas, a violação do devido processo, a falta de
garantias para a defesa do acusado e a parcialidade manifesta de uma parte dos
juízes do processo em contra do acusado.
Confira a íntegra da nota:
A Fundação Internacional dos Direitos Humanos concede o estatuto
de prisioneiro de consciência em prisão arbitrária ao presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Diante dos acontecimentos que se sucederam hoje, 8 de julho de
2018, nos quais: PRIMEIRO. Tem se avaliado a solicitude de Habeas Corpus, n.º
5025614-40.2018.404.0000, por meio da qual o juiz Rogério Favreto ordenou a
imediata liberdade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; SEGUNDO. O
juiz Sérgio Fernando Moro tentou suspender a ordem de liberação, mesmo se
encontrando de férias e não tendo autoridade jurisdicional para tal ato; e
TERCEIRO. O juiz João Pedro Gebran Neto, que também se encontrava de férias,
tem ordenado suspender a resolução do juiz Rogério Favreto e manter em prisão o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Considerando, as circunstâncias do presente caso judicial: a total
ausência de genuínas e inequívocas provas, a violação do devido processo, a
falta de garantias para a defesa do acusado e a parcialidade manifesta de uma
parte dos juízes do processo em contra do acusado, o Patronato da Fundação
Internacional dos Direitos Humanos, reunido de urgência em sessão telemática,
concordou em conceder o estatuto de prisioneiro de consciência em prisão
arbitraria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.|redebrasil / Foto RICARDO STUCKERT/IL