A Justiça do Equador decretou nesta
terça-feira (3) a prisão preventiva do ex-presidente Rafael Correa, que vive na Bélgica, por seu suposto envolvimento
no sequestro de um opositor na Colômbia em 2012.
A juíza Daniela Camacho negou pedido de revisão de
medidas cautelares à defesa de Correa, resolveu impor prisão preventiva contra
ele e emitiu “alerta vermelho à Interpol”, disse a Corte Nacional de Justiça (CNJ) no Twitter.
Camacho acatou os pedidos do procurador-geral Paúl
Pérez, que denunciou Correa “por associação criminosa e sequestro”, confirmou a
Procuradoria na rede social.
O caso envolve o ex-deputado opositor Fernando Balda, alvo de uma tentativa de sequestro
supostamente ordenada por Correa.
Balda, ex-deputado do Partido Sociedade Patriótica
(PSP), afirma que estava em Bogotá em 2012 quando cinco pessoas o colocaram a
força em um automóvel, que a polícia colombiana interceptou frustrando o sequestro.
Pelo mesmo caso já estão detidos três agentes de
Inteligência e um ex-comandante da polícia, e há pedido de prisão contra um
ex-chefe da Secretaria Nacional de Inteligência que está na Espanha e cuja
extradição foi solicitada pelo Equador.
A Procuradoria argumentou que Correa descumpriu
ordem de comparecer a um tribunal equatoriano a cada 15 dias, contados a partir
de 2 de julho.
Na segunda-feira (2), Correa se apresentou ao
consulado equatoriano em Bruxelas, onde vive desde que deixou o poder, em maio
de 2017, após uma década no poder. [Veja / Foto AFP/VEJA]