O ex-ministro Henrique
Eduardo Alves (MDB) teve a
prisão domiciliar revogada pelo juiz Francisco Eduardo Guimarães Farias, da 14ª
Vara Federal de Natal. Com isso, ele passará a responder em liberdade ao
processo da operação Manus, em que é acusado de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro em investigação de desvios na construção da Arena das Dunas. A defesa
acredita que o processo "caminha para absolvição".
Alves
foi preso no dia 6 de junho de 2017 por causa da operação Manus e também da
operação Sépsis, que investigou desvios no Fundo de Investimentos do FGTS. Ele
ficou detido na Academia de Polícia Militar, em Natal, até o dia 3 de maio de
2018 quando passou a cumprir prisão domiciliar.
Henrique
Alves foi ministro do Turismo nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer e
presidente da Câmara Federal.
Investigações
A
operação Manus investigou um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro
na construção da Arena das Dunas. Além de Henrique Alves, também foram
denunciados na operação o ex-deputado Eduardo Cunha, o ex-presidente da OAS Léo
Pinheiro, o ex-dirigente da Odebrecht Fernando Reis e mais duas pessoas ligadas
ao ex-ministro.
Os
dois ex-deputados são acusados pelos procuradores da República de terem
recebido propinas disfarçadas de doações eleitorais, oficiais e não oficiais.
Segundo o MPF, em troca do suborno eles teriam atuado para favorecer
empreiteiras como OAS e Odebrecht nas obras da Arena das Dunas, em Natal, uma
das sedes da Copa do Mundo de 2014. [ g1 / Foto Pedro
Vitorino ]