Pré-candidato a
presidente da República, Fernando Collor de Mello (PTC-AL) criticou os
“métodos” adotados pela Operação Lava Jato, a qual sugeriu ser necessário “dar
um freio”.
Em
entrevista à Rádio Metrópole, o
senador atacou o “empoderamento” do Ministério Público e ressaltou que o fato
de os integrantes ingressarem na carreira por meio de concurso público “não é
passaporte para honestidade”.
“Eles
acham que são, sim, os detentores do poder de dizer quem é culpado e não. O
instituto da delação premiada é uma moderna forma do pau de arara. Nada mais é
que um instrumento que os procuradores têm para fazer com que esses delatores
digam exatamente o que os procuradores desejam que falem para poder compor um
quadro e incluir a pessoa que querem penalizar. Eu não discuto o mérito da
operação em curso, discuto o método, que está equivocado e temos que dar um
freio a isso”, condenou.
Collor
afirmou ainda que as redes sociais vão ter “papel preponderante” no pleito deste
ano. “A TV deixou de ser tão importante do que era no passado. O índice de
eleitores que dizem que vão votar nulo vai de 45 a 55%. Esse número de pessoas
que assim respondem, também são avessas aos programas de televisão. Não vão
assistir aos programas eleitorais. Agora, as mídias sociais vão entrar muito
forte e vamos saber como vão funcionar, porque há essa questão das fake news.
Vamos deixar as fake news de lado e vamos analisar a importância da mídia
social ao atingir o eleitor naquilo que ele deseja saber. Vai ser segmentado e
vai mandar aos eleitores que querem ouvir sobre um assunto específico”,
analisou.| Foto : Arthur Monteiro/Agência Senado