O ministro da Segurança
Pública, Raul Jungmann, sugeriu hoje (15) que a intervenção federal
no Rio de Janeiro seja prorrogada por mais um ano, até o fim de
2019. O decreto legislativo aprovado pelo Congresso Nacional autorizou a
União a intervir no Rio de Janeiro na área da segurança até o dia 31 de
dezembro deste ano.
Segundo ele,
é importante que o futuro governador e o próximo presidente da República
avaliem a manutenção das forças federais no comando da
segurança. "Dado o avanço que vai acontecer, eu acredito que o
futuro governante do Rio de Janeiro agiria de bom senso se
dispuser-se a prolongar pelo menos por mais um ano esta intervenção. Porque é o
tempo necessário para que a gente possa concluir o legado. Se nós tivermos mais
tempo, melhores resultados virão", disse Jungmann.
Ele participou hoje (15), no
Comando de Operações Navais, de palestra sobre o Sistema de Gerenciamento da
Amazônia Azul, que inclui toda a costa marítima brasileira e também a Baía de
Guanabara.
Mais tempo
Jungmann ressaltou que ainda não
conversou com nenhum pré-candidato, nem à presidência nem ao governo, e
destacou que uma ação deste tipo, que é uma decisão presidencial, só pode vir
por solicitação do governador. “Eu tenho certeza de que esta reestruturação
das polícias que é feita aqui pelas Forças Armadas está no bom caminho. Mas se
você pensar que Medelin precisou de oito anos, Bogotá precisou de nove anos,
Cidade Juarez precisou de cinco anos, evidentemente, eu entendo que, se não na
total intensidade, pelo menos deveria continuar por mais algum tempo”, disse.
Perguntado se o novo prazo seria até
o final de 2019, Jungmann lembrou que esta foi uma sugestão do governador Luiz
Fernando Pezão, com a qual ele concordava. “Acho que vai apresentar
resultados, os dados [da criminalidade] vão continuar caindo. Mas se você
imaginar o grau de sucateamento a que chegou o sistema de segurança do
Rio de Janeiro, a gente tem que dar mais tempo ao tempo, para reciclar,
formar, qualificar, para equipar esse pessoal, para retreinar, para dar um
senso de auto-estima a essa polícia”, frisou.
Jungmann lembrou que, de R$ 1,2
bilhão prometido pelo governo federal para a intervenção no estado, já foram
licitados ou empenhados cerca de R$ 400 milhões. Ele comentou ainda que a nova
legislação que dá uma parte dos recursos arrecadados com jogos à segurança
pública representará, este ano R$ 800 milhões, e até 2022, R$ 4,3 bilhões.|agenciabrasil / Foto reprodução