Com a decisão do Copom de
manter a taxa Selic em
6,5%, o Brasil segue no 7º lugar mundial em juros reais (juros
nominais menos a inflação projetada para os próximos 12 meses).
Estamos hoje atrás de Argentina (23,89%),
Turquia (9,40%), Rússia (4,73%), México (3,68%), Índia (3,24%) e Indonésia
(3,14%).
Todos tiveram alta do juro real nas últimas
semanas: o da Argentina subiu quase 10 pontos percentuais, de 14,29% para
23,89%, em meio ao cenário de crise cambial.
O banco central americano subiu os seus juros duas
vezes neste ano e a maior parte dos seus membros já prevê duas novas altas no
segundo semestre.
Isso amplia o diferencial entre as taxas de juros
americana e de países emergentes, causando migração de recursos e forçando os
emergentes a subirem suas taxas.
Entre os países do ranking, 82,5% dos países
optaram por manter os juros, enquanto 2,5% optaram pelo corte e 15% optaram
pela elevação desde o relatório de maio.
Nos últimos lugares do ranking estão países
com juros reais negativos como França (-2,02%), Suécia (-2,19%) e Áustria
(-2,26%).
A média geral é 0,67%, também acima dos 0,36%
verificados em maio.
No ranking nominal, o Brasil está no 6º lugar
mundial logo atrás da África do Sul e na frente da Índia.
Veja a taxa de juros reais (juro atual menos
inflação dos próximos 12 meses) das 40 economias analisadas:
País
|
Juro real
|
|
1
|
Argentina
|
23,89%
|
2
|
Turquia
|
9,40%
|
3
|
Rússia
|
4,73%
|
4
|
México
|
3,68%
|
5
|
Índia
|
3,24%
|
6
|
Indonésia
|
3,14%
|
7
|
Brasil
|
2,91%
|
8
|
África do Sul
|
1,67%
|
9
|
Colômbia
|
1,16%
|
10
|
Malásia
|
1,10%
|
11
|
Cingapura
|
0,94%
|
12
|
China
|
0,88%
|
13
|
Nova Zelândia
|
0,31%
|
14
|
Filipinas
|
0,24%
|
15
|
Tailândia
|
0,08%
|
16
|
Hong Kong
|
-0,04%
|