As oitavas de final da Copa do Mundo serão abertas neste sábado e já com um clássico entre campeãs. A Argentina, vitoriosa em 1978 e em 1986, desafia a França, campeã em 1998, na Arena Kazán, em Kazán, na Rússia, em choque programado para às 11h (de Brasília). As duas equipes, porém, chegam vivendo momentos distintos. Os franceses se classificaram em primeiro lugar no Grupo C, por antecipação, e são apontados por muitos como o melhor futebol do torneio até aqui. Já os sul-americanos sofreram até os últimos minutos, batendo a Nigéria por 2 a 1 e ficando na segunda posição do Grupo D.
Jorge Sampaoli, comandante da Argentina, sabe que sua equipe é inferior aos franceses do aspecto tático e também no conjunto. Por isso, mais uma vez apela para a tradicional garra platina na luta pela vitória. “Vamos precisanos jogar com garra e rebeldia, como fizemos contra a Nigéria. Isso porque teremos pela frente um time que joga junto há muito mais tempo que o nosso e que chegou pronto para a Copa do Mundo no quesito entrosamento. Vai ser um duelo muito complicado. Temos mais cinco finais, a próxima contra um grande candidato. Teremos que ser muito regulares para superarmos a França, num jogo muito difícil”, analisou Sampaoli.
Para avançar a Argentina conta principalmente com o craque Lionel Messi, que melhorou consideravelmente seu desempenho diante da Nigéria, inclusive marcando um gol. Ele é motivo de preocupação entre os franceses, porém, o técnico Didier Deschamps alerta que o astro do Barcelona não é o único perigo no time argentino. Ele tomou muito cuidado ao comentar sobre este tema na entrevista coletiva concedida na véspera do duelo.
“O Messi é um jogador único, incomparável, com grande capacidade de decidir a partida em frações de segundos. A minha expectativa é que a França tenha encontrado a melhor maneira de neutralizá-lo. Mas é importante, para termos sucesso, lembrarmos que a Argentina não gira apenas em torno de Messi. Nós estamos preparados para uma grande partida, para uma grande decisão”, disse Deschamps.
A França conta neste jogo com todos os seus titulares, uma vez que o lateral-esquerdo Lucas Hernández, que chegou a ser dúvida por apresentar um quadro de fortes dores musculares na coxa direita, foi liberado e estará em ação.
Pelo lado da Argentina, Sampaoli tentou confundir os franceses no último treino antes do jogo, quando simulou a entrada de Cristian Pavón no ataque, no posto do artilheiro Gonzalo Higuaín. Porém, a medida é apenas um teste para o segundo tempo, caso a Argentina precise impor velocidade em campo. A formação que começará a partida será a mesma utilizada desde o início contra os nigerianos.
França e Argentina se enfrentaram apenas duas vezes na história das Copas do Mundo. Logo na primeira edição, em 1930, no Uruguai, os sul-americanos ganharam por 1 a 0. Um novo triunfo platino foi visto em 1978, quando os anfitriões bateram os europeus por 2 a 1.
Caso a partida termine empatada após noventa minutos, acontecerá uma prorrogação de trinta minutos. Persistindo a igualdade no tempo extra, o classificado será conhecido apenas na disputa de pênaltis.
FICHA TÉCNICA
FRANÇA X ARGENTINA
Local: Arena Kazán, em Kazán (Rússia)
Data: 29 de junho de 2018 (Sábado)
Horário: 11h(de Brasília)
Árbitro: Alireza Faghani (Irã)
Assistentes: Reza Sokhandan (Irã) e Mohammed Mansouri (Irã)
FRANÇA: Hugo Lloris, Benjamin Pavard, Raphaël Varane, Samuel Umtiti e Lucas Hernández; N’Golo Kanté, Blaise Matuidi e Paul Pogba; Kylian Mbappé, Antoine Griezmann e Olivier Giroud
Técnico: Didier Deschamps
ARGENTINA: Franco Armani, Gabriel Mercado, Nicolás Otamendi, Marcus Rojo e Nicolás Tagliafico; Javier Mascherano, Enzo Pérez, Éver Banega, Lionel Messi e Ángel Di Maria; Gonzalo Higuaín
Técnico: Jorge Sampaoli
Fonte - gazeta esportiva