O ex-governador Eduardo
Azeredo (PSDB) se entregou à polícia mineira na tarde desta quarta-feira
(23/5). Até então, ele era dado como foragido pela Justiça do estado. O mandado
de prisão contra ele foi expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas na tarde
de terça-feira (22). O ex-chefe do Executivo mineiro foi condenado a 20 anos e
1 mês de prisão por peculato e lavagem de dinheiro no esquema do mensalão
tucano.
No julgamento do
caso em questão, o Tribunal de Justiça seguiu o entendimento do Supremo
Tribunal Federal (STF) de que o cumprimento da pena deve começar após a
condenação em segunda instância.
O
STF entende que Azeredo deve cumprir pena a partir da condenação
em segunda instância. Ele perdeu todos os recursos na Corte, inclusive os
embargos de declaração julgados nessa terça (22) – considerados como últimos
recursos possíveis antes da prisão.
A
defesa ainda aguarda manifestação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre
pedidos de habeas corpus.
O
Caso
Em 2017, o político foi condenado em segunda instância por peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro. Ele também foi acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de ter participado de um esquema que desviava recursos públicos de empresas estatais mineiras, por meio de contratos publicitários, para abastecer o caixa 2 de sua campanha à reeleição como governador de MG, em 1998.
Em 2017, o político foi condenado em segunda instância por peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro. Ele também foi acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de ter participado de um esquema que desviava recursos públicos de empresas estatais mineiras, por meio de contratos publicitários, para abastecer o caixa 2 de sua campanha à reeleição como governador de MG, em 1998.
Após
a condenação do ex-governador, o tribunal mineiro deixou claro que o mandado de
prisão contra Azeredo poderia ser expedido após o esgotamento de todos os
recursos possíveis em segunda instância. Em tese, os embargos julgados nessa
terça (22) seriam os últimos instrumentos de defesa neste grau à disposição do
político.
Na
semana passada, a Procuradoria-Geral de Justiça de Minas Gerais (PGJ-MG) pediu
que Azeredo fosse preso caso seus recursos fossem negados no Tribunal de
Justiça do estado.
O
processo sobre o episódio que ocorreu há duas décadas tramita há nove anos no
Supremo. A ação do ex-governador de Minas é a mais avançada entre os réus do
mensalão tucano [Com informações da Folha de São Paulo e da
Agência Estado/LEO FONTES/O TEMPO/ESTADAO CONTEUDO]