Vários
protestos e confrontos entre grupos palestinos e forças militares insraelenses
marcaram as horas que antecederam a abertura da embaixada dos Estados Unidos em
Jerusalém - no dia em que o Estado de Israel comemora 70 anos de sua criação. A
autoridade palestina afirma que pelo menos 37 manifestantes morreram e pelo
menos 500 ficaram feridos em confrontos hoje (14) e no fim de semana.
Manifestantes palestinos se reúnem em diferentes pontos da Faixa de Gaza e
Cisjordânia e são repreendidos pelo exército israelense.
A
cerimônia de inauguração deve ser às 16h no horário local. O presidente Donald
Trump discursará na cerimônia desta segunda-feira (14) por vídeo, e vai
ser representado por sua filha, Ivanka Trump, e seu genro e assessor
Jared Kushner.
Cerca
de 800 pessoas devem participar do evento, incluindo uma delegação de
congressistas. A mudança da embaixada reforça a posição do governo Trump, que
em dezembro do ano passado, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel. Essa
postura revoltou o mundo árabe, especialmente os palestinos. Para quase toda a
comunidade internacional, e inclusive para as Nações Unidas, a capital
israelense é Tel-Aviv. Os palestinos reivindicam a parte oriental de Jerusalém
para um futuro estado independente da Palestina.
A
delegação norte-americana chegou na tarde de domingo (13) e foi rececida pelo
primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que elogiou o presidente Trump.
Não
há previsão de uma reunião entre a delegação norte-americana e palestinos
durante a viagem. Grupos radicais islâmicos, como o Hamas, prometem
manifestações intensas hoje e nos próximos dois dias, na chamada "Grande
Marcha de Retorno".|agenciabrasil / Foto Ronen Zvulun/Reuters