O senador
Aécio Neves (PSDB-MG) publicou nesta segunda-feira (16) um artigo no jornal
Folha de S. Paulo em que se defende das acusações de que é alvo na Justiça. No
texto, Aécio condena a criminalização da classe política e nega ter cometido
crimes.
O parlamentar afirma lamentar
ter se reunido com o empresário Joesley Batista, do grupo JBS. A denúncia da
PGR tem como base um vídeo em que Aécio aparece pedindo R$ 2 milhões ao
executivo, com justificativa de que precisaria do dinheiro para custear
advogados que o defenderiam na Operação Lava Jato.
"Na
gravação de que fui alvo, o delator atesta a origem lícita e particular dos
recursos e deixa claro — também em depoimento — que partiu dele a decisão de
que o empréstimo teria que ser feito em espécie, o que não é ilegal, uma vez
constatada a licitude dos recursos", diz trecho do texto. "Errei em
aceitá-lo. Mas não cometi nenhum crime. Não houve nenhum prejuízo aos cofres
públicos. Ninguém foi lesado", argumenta o senador.
"Fui ingênuo, cometi erros
e me penitencio diariamente por eles. Mas não cometi nenhuma ilegalidade",
escreve o parlamentar, no artigo.
Na
terça (17), a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar inquérito
apresentado contra o parlamentar pela Procuradoria-Geral da República (PGR) a
partir da delação da JBS. Caso a denúncia seja aceita, o tucano poderá se
tornar réu por corrupção passiva junto à irmã, Andrea Neves, seu primo
Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar
do senador Zezé Perrella (MDB-MG).|FOTO © Jefferson Rudy/Agência Senado