A assistente social Ana Carolina Andrade, 32
anos, morreu em um grave acidente na Avenida Paralela, na manhã desta
terça-feira (3). Dois carros se chocaram na via, no sentido aeroporto, e um dos
veículos rodou na pista e atingiu o guard rail (proteção metálica) do canteiro
central. O acidente aconteceu por volta das 8h40, próximo ao Bairro da Paz.
O
ferro atravessou todo o veículo pelo lado da motorista, que não resistiu
aos ferimentos e morreu no local. Viaturas da Polícia Militar e da
Transalvador, além de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu), foram para o local. O corpo da motorista foi retirado
12h por uma equipe do Corpo de Bombeiros.
Um bebê de
três meses também estava dentro do carro no momento da colisão, mas como estava
na cadeirinha, não ficou ferido. O marido da motorista, Leandro Nery, 36,
estava ao lado do filho, no fundo do veículo.
Segundo
informações do ambulante Vagner Souza, 39, Ana vinha conduzindo o veículo em
alta velocidade quando foi desviar de uma moto. "Ela desviou da moto e já
perdeu o controle para a esquerda e pegou direto o ferro [guard rail]. Depois o
carro girou e parou na contramão, vimos o rapaz [Leandro] atrás. Ela ainda
estava viva, os olhos abertos, trêmula.
A criança foi retirada primeiro, por um
socorrista que trabalha na obra do metrô. Depois o homem foi retirado. "Os
dois aparentavam estar bem. A moça morreu um tempo depois, não aguentou",
relatou. O bebê e Leandro foram socorridos para o Hospital São Rafael, de
acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
O primo de
Leandro, que esteve no local do acidente para recolher pertences da
família como a cadeirinha do bebê e um classificador com
documentos, não quis falar com jornalistas. Mas confirmou que o casal era
pai da criança, sem fornecer, no entanto, mais informações.
Responsável
por coordenar a retirada do corpo, o tenente Carvalho, da equipe do Corpo de
Bombeiros, explicou que o processo seria mais demorado em função da violência
do acidente.
Além dos
bombeiros, policiais do Departamento de Polícia Técnica (DPT) estavam no local
para realizar perícia no veículo. "Pela violência, há a necessidade do
auxílio do trabalho da Polícia Civil. Após chegada dos peritos, que já estão a
caminho, daremos início ao processo", concluiu o tenente.
"Percebemos
que há uma estrutura difícil [guard rail] dificultando essa retirada. Não
atravessou em cheio o corpo da vítima, mas precisaremos de muito cuidado para
preservar minimamente este corpo", disse ao CORREIO.
Perito do
DPT, Agnaldo Petrônio afirmou que ainda é cedo para apontar as causas mas
que alguma coisa impulsionou a motorista para a esquerda. "É cedo para
fazer qualquer afirmação, ainda vamos periciar o segundo veículo [J3], mas por
alguma razão a motorista inclinou para a sua esquerda e acertou o guard rail.
Não encontrei marcas que indiquem que ela estava em velocidade acima da
permitida mas só a perícia finalizada poderá indicar as causas", ponderou
Agnaldo. Ainda segundo o perito, a vítima sofreu lesões em toda perna esquerda,
atingida pelo equipamento metálico.|correio*