O ministro
Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, determinou que a Polícia
Federal (PF) apure o vazamento de informações sobre o inquérito que investiga
supostas irregularidades no Decreto 9.048, conhecido como Decreto dos Portos.
Em nota divulgada hoje (27), o ministro acrescentou que é “inadmissível”
comprometer o direito de defesa de qualquer cidadão ou do Senhor Presidente da
República. O ministro acrescentou que vazar informações é ato passível de
sanções penais.
“Determinei
ao Diretor Geral da Polícia Federal a imediata apuração do possível vazamento
ocorrido no curso do inquérito policial […] A violação do sigilo profissional
pelos responsáveis pela condução dessa ou de qualquer outra investigação é
conduta passível de sanção administrativo-disciplinar, cível e penal. Além
disso, depõe contra o reconhecido profissionalismo das instituições
investigadoras”, diz a nota assinada por Jungmann.
Em pronunciamento, na manhã
de hoje, o presidente Michel Temer se queixou do vazamento de informações a
respeito do inquérito sobre o Decreto dos Portos, em que ele é um dos
investigados. “Como é que a imprensa consegue estas informações? Eu duvido que
a imprensa entre de madrugada, seja na Polícia Federal ou onde seja, para,
digamos, sorrateiramente ter acesso a esses dados. Alguém, naturalmente, vaza
esses dados irresponsáveis”. Temer, então, disse que pediria a Jungmann uma
investigação a respeito dos vazamentos.
Segundo
reportagem publicada nesta sexta-feira pela Folha de S.Paulo, em
apuração preliminar, a Polícia Federal acredita que existem indícios de que o
presidente tenha usado dinheiro de propina para reformar imóveis da família e
ocultado bens em nome de terceiros. No mesmo pronunciamento, Temer se defendeu
das supostas acusações. “Não tenho casa de praia, não tenho casa de campo, não
tenho apartamento em Miami, não tenho vencimentos e salários a não ser aqueles
dentro da lei”.|Foto reprodução - internet