Advogado Antônio Carlos de Almeida Castro,
conhecido como Kakay, entrou nesta
quinta-feira com um pedido de liminar no Supremo
Tribunal Federal (STF) para evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros réus que
possam ir para a cadeia sem que o processo tenha transitado em julgado — ou
seja, que todos os recursos possíveis sejam analisados. O pedido deve ser
analisado pelo ministro Marco Aurélio Mello, que relata uma
ação declaratória de constitucionalidade sobre a possibilidade de prisão em
segunda instância.
Kakay, autor da ação declaratória de constitucionalidade, argumenta que
a concessão de uma liminar “certamente impedirá a injusta prisão de inúmeras
pessoas”.
O advogado criou uma rede de 150 profissionais para auxiliar a defesa de
Lula. A ideia é que o grupo possa dar sugestões e elaborar estratégias para a
ação em tribunais.
O grupo encabeçado por Kakay conta com advogados como Alberto Toron,
Pierpaolo Bottini, Nélio Machado, José Eduardo Cardozo , Rafael Faria, Fábio
Tofic, Ticiano Figueiredo e Geraldo Prado.
Lula ficou mais perto da prisão depois que o Supremo Tribunal Federal
(STF) negou, por 6 votos a 5, o habeas corpus preventivo apresentado por sua
defesa.
Em janeiro, Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por
desembargadores do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4) pelos crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP).
Terminado o julgamento no STF, Lula ainda terá a possibilidade de
recurso no TRF-4, chamado de embargo do embargo. A defesa do petista tem até a
próxima terça-feira para recorrer, mas este tipo de medida raramente é aceita
pelos desembargadores. Antes disso, porém, o juiz Sérgio Moro pode decretar a
prisão.|oglobo / Foto reprodução