Políticos e autoridades criticaram nesta terça (27) e quarta-feira (28) o ataque à caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Paraná. Dois ônibus da comitiva foram atingidos na tarde desta terça por três tiros no trajeto entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul. Ninguém se feriu.

O ex-presidente não estava em nenhum dos dois veículo. No momento do ataque, Lula estava na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFSS), em Laranjeiras do Sul.

Veja a repercussão de políticos e entidades:

Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado
"Nós temos que fazer com que a democracia prevaleça e que as divergências aconteçam dentro de um sistema civilizado. Não de ameaças, e eu lamento que ameaças ainda aconteçam no Brasil. Mas quem faz vida pública, quem está exposto, quem defende causas não pode ter medo de ameaças."

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
"A OAB repudia todo e qualquer ato de violência. Nosso país precisa de soluções que estejam dentro da lei e do espírito democrático. É preciso coibir e punir os ataques a partidos e a políticos. O debate político deve se dar no campo das ideias", diz nota assinada pelo presidente da rrdem, Cláudio Lamachia.

Marco Maia (RS), líder interino do PT na Câmara
“Nós ficamos aqui com a responsabilidade de articular algumas medidas durante o dia de hoje [quarta-feira] e que tratam fundamentalmente sobre as ações organizadas que foram realizadas por grupos fascistas contra a caravana do presidente Lula, e que tiveram no dia de ontem [terça] o seu ápice. Ontem a caravana sofreu atentado, em que foi alvejada por tiros".

Paulo Texeira (PT-SP), deputado federal
“Nós vamos manter as caravanas e exigir das autoridades proteção.”

Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública
"Eu sempre que sou solicitado e que acontece esse tipo de confronto eu procuro as autoridades estaduais para pedir atenção para o caso. Então é uma praxe, eu diria assim, é uma norma que eu tenho seguido quando essas coisas acontecem. Não só agora, mas, sempre que acontecer, eu vou procurar naturalmente chamar atenção para que exista, e já existe, eu acredito, preocupação com isso, mas que seja redobrado."

Presidenciáveis

Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará
"O ataque criminoso à caravana do ex-presidente Lula é absurdo e deve ser investigado com rigor. E repito a pergunta: quem matou Marielle?", disse Ciro Gomes no Twitter.

Geraldo Alckmin(PSDB), governador de São Paulo
"Toda forma de violência tem que ser condenada. É papel das autoridades apurar e punir os tiros contra a caravana do PT. E é papel de homens públicos pregar a paz e a união entre os brasileiros. O país está cansado de divisão e da convocação ao conflito", disse Alckmin no Twitter.

Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", na noite de terça-feira (27), Alckmin afirmou que os petistas estavam "colhendo o que plantaram". Ele também disse que o PT sempre tentou "dividir o Brasil, nós contra eles" e que, agora, segundo Alckmin, foram vítimas da polarização que incentivaram na política brasileira.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
"Se pensam que com pedras e tiros vão abalar minha disposição de lutar estão errados. No dia em que minha garganta não puder mais gritar, eu gritarei pela garganta de vocês #LulaPeloParaná #LulaPeloSul", publicou Lula no Twitter.

Na terça-feira (27), em discurso no Paraná, Lula disse: "E essa gente está perseguindo a caravana, atirando pedra, atirando pau, já feriram quatro moças numa cidade do Rio Grande do Sul e agora já to sabendo que acho que andaram dando até tiro no ônibus. E tão fazendo barreira em todo lugar que nós passamos tem barreira. Todo lugar."

Manuela D'Ávila (PC do B)
"O PCdoB - Partido Comunista do Brasil repudia os atos de violência contra a caravana do ex-presidente Lula no sul do apís ocorridos desde o seu início. Nesta terça-feira (27), no interior no paraná, assumiu feição de antentado político, "de emboscada", quando dois ônibus que transportavem jornalistas e convidados foram antigidos por balas. [...]", disse Manuela D'Ávila no Twitter.

Marina Silva (Rede), ex-senadora e ex-ministra
"Repudio veementemente as ameaças que vem sofrendo o ministro do STF, Edson Fachin, e sua família, e os tiros disparados contra a caravana do ex-presidente Lula. O uso da violência com motivações políticas é uma afronta ao regime democrático", disse Marina Silva.

Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara
"É gravíssimo o que aconteceu ao ex-presidente Lula, não apenas o ataque a tiros contra o ônibus, que foi o ponto final de alguns dias de absurdos, uma tentativa de inviabilizar a mobilização do ex-presidente", comentou Rodrigo Maia no Twitter.

Outros possíveis pré-candidatos


Henrique Meirelles (PSD)‏, ministro da Fazenda
"Numa democracia, resolvemos nossas divergências políticas nas eleições, através do debate e do respeito ao resultado eleitoral. O que aconteceu ontem no Paraná foi um atentado contra a liberdade de expressão de um líder político e isso é inadmissível numa democracia", afirmou o ministro no Twitter.

Michel Temer (MDB), presidente da República
"Lamento o que aconteceu com a caravana do ex-presidente Lula. Desde quando assumi o governo, venho dizendo que nós precisamos reunificar os brasileiros. Precisamos pacificar o País. Essa onda de violência, esse clima de ‘uns contra outros’ não pode continuar", disse Temer, também no Twitter.|g1 / Foto reprodução


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