O
ministro Dias Toffoli concedeu o direito à prisão domiciliar ao ex-deputado
Paulo Maluf. Ele estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
O detento passou mal no fim da noite de quarta-feira (27/3). De acordo com
pessoas ligadas à família, ele teve uma crise nervosa ao saber que seu pedido
para cumprir a pena em casa não seria analisado pelo ministro antes da Semana
Santa. Ele foi hospitalizado e continuava internado ate a última atualização
desta reportagem, sem previsão de alta. Maluf deve ir direto para casa quando
for liberado pela junta médica.
Aos 86 anos, Maluf, tem câncer na próstata e toma
remédios para problemas cardíacos. O ex-parlamentar passou por uma perícia
médica, que avaliou do quadro de saúde dele. A direção da Papuda havia
informado à Justiça que a unidade tem estrutura para prestar atendimentos
ambulatoriais e de emergência a todos os detentos.
No entanto, informações levantadas pelo Correio,
revelam que após às 16h não há profissional de saúde disponível para atender os
internos do complexo prisional. Pela decisão do STF, Maluf deve ficar dia e
noite dentro de casa e não tem autorização para sair sequer aos fins de
semana.
O deputado foi condenado a sete anos, nove meses e
dez dias de prisão. De acordo com o Ministério Público, Maluf movimentou
dinheiro desviado da Prefeitura de São Paulo em contas abertas no exterior. Ele
cumpriu parte da pena no Bloco V do Centro de Detenção Provisória (CDP) do
complexo prisional.
Em uma denúncia apresentada em 2004, os
procuradores afirmaram que os valores desviados da obra de uma rodovia foram
enviados para as Ilhas Jersey, no Canal da Mancha. De acordo com a
investigação, ao menos U$ 15 milhões foram encontrados nas contas ligadas ao
político entre 1993 e 1996.[correiobraziliense / Foto: Adriano Machado/Reuters]